quinta-feira, 19 de junho de 2008

Fotos do acervo da Library of Congress

A Biblioteca do Congresso disponibilizou mais de 3.000 fotografias históricas de sua coleção.
Pra quem gosta de fotografias é um prato cheio.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Agenda da Semana - Final do Semestre.

Terça-feira, 17/06/2008 - Apresentação do trabalho de Registro.
Quinta-feira, 19/06/2008 - Apresentação do trabalho de TGA.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

12 de Junho - Dia dos Namorados

Ter ou não ter namorado, eis a questão

(Carlos Drummond de Andrade)

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabira, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado mesmo é muito difícil.
Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio, e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado não é quem não tem amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento, dois amantes e um esposo; mesmo assim pode não ter nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche da padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de curar.
Não tem namorado quem não sabe dar o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora que passa o filme, da flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque, lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia, ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir, fazer sesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele; abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança e a do amado e vai com ela a parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado que confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando 200Kg de grilos e de medos. Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenção de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteio.
Se você não tem namorado é porque não enlouqueceu aquele pouquinho necessário para fazer a vida parar e, de repente, parecer que faz sentido.

terça-feira, 10 de junho de 2008

O DIA-A-DIA DO BIBBLIOTECÁRIO: VIDEO DE 1946

Este era um dos vídeos que era, utilizados como forma de orientação profissional pra os estudantes indecisos em seguir a carreira de bibliotecario nos EUA.Muito antigo, mas bacana.Vale a pena dá uma conferida.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

IBICT promove a inclusão digital através do CENRID

Integrar, buscar e disseminar informações sobre inclusão digital são objetivos do Centro Nacional de Referência em Inclusão Digital (CENRID), do Instituto Brasileiro de Informação, Ciência e Tecnologia (IBICT). A finalidade do centro é dar visibilidade a projetos de inclusão digital, colaborando para a inserção dos cidadãos. Com a integração de diferentes projetos, o CENRID pretende contribuir com o acesso ao conhecimento, a cultura e o compartilhamento de dados, como também com a produção de conteúdos digitais.
Cosette Castro, Sander Lara e Ana Maria Albuquerque Cosette Castro, coordenadora do centro explica que a idéia de criar o CENRID surgiu a partir da posse da nova gestão do IBICT, em 2005. “Primeiro começou a ser desenvolvido o projeto do Mapa da Inclusão Digital (MID), em 2007, que estuda os pontos de inclusão digital existentes no país, depois se observou a necessidade de fazer o levantamento dos projetos de inclusão digital, sejam eles de caráter público ou privado. Em janeiro de 2008 começamos a desenvolver o projeto do CENRID”.
O CENRID ainda não possui sede própria (em breve será instalado na Biblioteca Nacional de Brasília), mas o trabalho de sua equipe, formada pela coordenadora Cosette Castro, e pelos pesquisadores Ana Maria Moraes de Albuquerque Lima e Sander Renato Lara Ferreira, já foi iniciado em janeiro deste ano.
De acordo com a coordenadora, a idéia, em primeiro lugar, é dar visibilidade aos diferentes projetos de inclusão digital existentes no governo federal, na área acadêmica, no terceiro setor e entre as empresas e fundações em um portal onde as pessoas possam encontrar os projetos existentes na sua região ou área de trabalho. “Desejamos também possibilitar a integração desses projetos. Se um projeto de inclusão digital voltado para a terceira idade está sendo desenvolvido na Paraíba, a experiência pode ajudar outra instituição interessada em terceira idade no Pará, por exemplo. Ou um mesmo projeto pode ser desenvolvido em parceria em vários Estados do país. Finalmente, esperamos colaborar com as políticas públicas voltadas para inclusão digital ao mapear o que existe e detectar que tipos de projetos estão faltando e em que regiões”.
Cosette Castro Planos e iniciativas
Entre os planos já traçados pelo CENRID destaca-se o desenvolvimento de espaço físico e virtual. Com o seu trabalho, o centro poderá possibilitar a democratização da informação, da comunicação e dos dados existentes sobre inclusão digital oferecidos em diferentes plataformas tecnológicas. As possibilidades oferecidas não serão limitadas apenas aos computadores, como também pela convergência digital tecnológica através de celulares, TV e rádio digital.
“Nesta primeira etapa estamos levantando os projetos do governo federal e também os projetos de inclusão digital elaborados pela academia, sejam projetos de grupos de pesquisa ou pesquisadores solitários que estejam recebendo ajuda da CAPES ou CNPq, já que os dois sistemas não são operáveis entre si. Com isso, podemos colaborar para que os pesquisadores se conheçam e divulguem o que estão fazendo, assim como conheçam os projetos do governo federal e de outras áreas. Além disso, estamos fechando parcerias para receber e trocar informações com outras instituições”.
Cosette Castro explica que iniciativas como essas trazem vários benefícios para o país, entre eles “a visibilidade dos projetos e pesquisadores, a possibilidade de otimização de recursos e equipes, a possibilidade de integrar e desenvolver novas parcerias inter-regionais, a criação de comunidades de práticas virtuais onde os interessados podem ter acesso livre e gratuito aos projetos, assim como discutirem e apresentarem novas idéias”.
Ao analisar o papel do Brasil na inclusão digital, Castro explica que como em tudo no país, têm aspectos positivos e negativos. “Alguns problemas necessitam ser resolvidos imediatamente, como é o caso do uso de indicadores e índices sobre inclusão digital no Brasil, que nem sempre são iguais aos indicadores internacionais, e isso acaba prejudicando o país, pois parece que, em comparação com outros países, estamos mais atrasados. Então, precisamos mudar isso rapidamente”.
Quanto aos índices de inclusão, ela explica que também existem problemas: 20% das pessoas possuem computadores e outras 17% usam internet, segundo pesquisa do Comitê Gestor de Internet no Brasil (CGI), em 2007. “Mas o governo federal traçou estratégias importantes para reduzir as desigualdades nessa área. O barateamento na aquisição de computadores já é uma realidade e em 2007 foram vendidos 10 milhões de aparelhos. Hoje é possível encontrar computadores por R$ 600”.
“Mas sabemos que a aquisição apenas não é sinônimo de inclusão digital. É preciso ter alfabetização digital, é preciso que pessoas possam produzir conteúdos, caso desejem, possam interagir e não se perder no mar de informações da internet. E isso requer cursos, formação e formadores qualificados”, avisa Castro.
Cosette Castro cita a iniciativa do governo de criar o Centro Nacional de Excelência em Produção de Conteúdos Digitais Interativos e Interoperáveis, que será coordenado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), como louvável, pois incentivará o desenvolvimento de conteúdos para diferentes plataformas tecnológicas, como computadores, TV digital, celulares e futuramente rádio digital. “Isso significa novas funções, novos ofícios com o uso de tecnologias digitais e também novos empregos de nível médio e superior. Também significa que, em breve, poderemos exportar conteúdos digitais para outros países”.
“Inclusão inclui o uso de outras tecnologias para além do computador. Significa uso, acesso e produção de conteúdos para diferentes plataformas, como TV digital, rádio digital, celulares, palms, videojogos, assim como a convergência dessas plataformas que - mesmo com linguagem diferenciada - podem ser utilizadas ao mesmo tempo. Mas a tecnologia é apenas um meio, uma ferramenta para chegarmos a inclusão social”, finaliza Cosette.

Fonte: Revista IS - Mercxado e Políticas Públicas no Brasil
03/06/2008